domingo, 8 de junho de 2008

A culpa é de Fidel - Filme retrata anos 70 e as mudanças ocasionadas pela revolução cubana.

Com muita perspicácia e humor afiado, este filme, da diretora Julie Gavras (filha do cineasta e militante grego Costa-Gavras), conta, do ponto de vista de uma menina parisiense de 9 anos, Anna de la Mesa, como os acontecimentos políticos do início da década de 70 (o golpe de Fidel em Cuba) interferiram em sua vida, desde que o seu tio comunista foi morto e os seus pais tornaram-se "engajados" socialmente ao voltarem de uma viagem que fizeram ao Chile. Anna, então, tem que se adaptar a nova realidade comunista e "igualitária" que seu "novos" pais implementaram na casa.Segue a síntese do filme abaixo:
Anna tinha um vida normal de uma garota de classe média alta até que toda a aparente harmonia de sua vida é quebrada com a chegada da tia e da prima, que fugiram da Espanha após o assassinato de um tio, um militante contra a ditadura de Franco, na Espanha. Seu pai é um advogado espanhol que vive na França desde jovem. Seguindo os passos da revolução cubana, ele deixa o emprego, troca a casa por um pequeno apartamento e passa a atuar como intermediário do movimento para eleger Allende presidente do Chile. A mãe, interpretada por Julie Depardieu (filha de Gerard Depardieu), deixa seu posto como jornalista da revista "burguesa" Marie-Claire para escrever um livro-reportagem em prol do direito feminino à contracepção. A babá cubana, anticomunista até o último fio de cabelo, é substituída por uma série de militantes estrangeiras, que buscam abrigo na França. Elas não têm lá grande jeito para o cargo e revolucionam o cardápio das crianças com pratos gregos e sul-americanos. O novo apartamento vive cheio de pessoas estranhas: os "barbudos" chilenos amigos de seu pai e um monte de mulheres chorosas, que dão depoimentos para o livro que mãe irá escrever. Além disso, a garota passa a dividir um beliche com o irmão François e é proibida de assistir às aulas de religião — condição colocada pelos pais para que ela pudesse permanecer no colégio católico, de onde se recusou a sair. Dividida entre a realidade conservadora da escola e a complexidade das mudanças que, acima de tudo, afastam os pais de seu dia-a-dia, Anna se rebela. Os pais se desdobram para lhe mostrar a importância do momento histórico, ao mesmo tempo em que tentam se convencer de estarem no caminho certo. O tempo todo a pequena desafia as convicções dos militantes e, com a convivência, amplia sua visão de mundo. Adaptado livremente do romance Tutta Colpa di Fidel, da jornalista italiana Domitilla Calamai que, assim como a diretora do filme, cresceu num lar comunista.

Notícias: Parceria entre a Sala de Arte e o Vilha velha.

Quem for assistir a um filme em qualquer um dos espaços do CIRCUITO DE CINEMA SALADEARTE poderá apresentar o canhoto do ingresso na bilheteria do Teatro Vila Velha e pagar apenas meia entrada! O contrário também está valendo: o canhoto do Vila vale como meia entrada na SALADEARTE. A promoção é válida por até uma semana, a partir da data de emissão do tíquete.

O signo da cidade - Filme tem São Paulo como um dos seus personagens

Com roteiro de Bruna Lombardi (ex-global) e direção de Carlos Alberto Riccelli (seu marido), o fime "O signo da cidade" compõe um grande mosaico formado pelos moradores de uma metrópole gigantesca, que tem nas dores e sofrimentos individuais dos seus habitantes sua antítese.O fio condutor da história é o programa de rádio da astróloga Teca (a própria Bruna). Teca acolhe, escuta e dá conselhos aos moradores anônimos da grande megalópole; busca ajudar as pessoas dentro dos limites mais concretos, como o da solidariedade.Em meio a grandeza de São Paulo, Gil (Malvino Salvador) é casado, mas está solitário; sua mulher, Lydia (Denise Fraga), gosta de se arriscar; Josialdo (Sidney Santiago) nasceu para ser mulher; Mônica (Graziella Moretto) é interesseira e quer apenas se dar bem. Todos ouvem o programa noturno de rádio da astróloga Teca, que lida com os anseios de seus ouvintes e seus próprios problemas.O fio condutor do enredo é essa dor individual, solitária e anônima, e inevitável; para a qual não existe nenhum remédio ou tratamento de cura.Enfim, "O signo da Cidade" é um brilhante filme, com um roteiro muito bem costurado e instigante, e uma profundidade alçançada, principalmente, graças ao antagônico existente entre a grandeza do todo (a metrópole de São Paulo) que acaba por dimimuir e ocultar as dores e os sentimentos dos seus mais de 10 milhões de habitantes.O elenco conta, ainda, com nomes com o do estreante Kim Riccelli, filho de Bruna, Carlos Alberto (Gabriel), Laís Marques (Júlia), Bethito Tavares (Biô, que vive mergulhado nas baladas em busca de um pouco de diversão e amor).
O filme está em cartaz na Saladearte da UFBa no PAC (Pavilhão de Aulas do Canela) diariamente às 18:30 e na Saladearte do Museu Geológico,no Corredor da Vitória, aos Sábados, Domingos, Segundas e Terças às 13:10.Os ingressos custam R$4,00 na Saladearte UFBa para o público interno da própria faculdade (estudantes, funcionários e professores).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
Direção CARLOS ALBERTO RICCELLI
Roteiro BRUNA LOMBARDI
Direção de fotografia MARCELO TROTTA
Direção de arte MARA ABREU
Figurino PAULA IGLECIO
Música SÉRGIO BÁRTOLO e ZÉ GODOY
Edição MARCIO HASHIMOTO SOARES
Diretor-assistente KIM RICCELLI
Produtores BRUNA LOMBARDI e CARLOS ALBERTO RICCELLI
Produtor Executivo ARY PINI
Produtores associados DANIEL FILHO e GEÓRGIA COSTA ARAÚJO